Chamada de trabalhos/Call for abstracts: 18o Congresso Mundial da IUAES – Florianópolis, Brasil
Chamada de trabalhos/Call for abstracts 18o Congresso Mundial da IUAES – Florianópolis, Brasil Data: 16 a 20 de julho de 2018
Link para submissão do resumo/link for abstract submission:
http://www.inscricoes.iuaes2018.org/trabalho/view?ID_TRABALHO=75
Painel Aberto/Open Panel
Substâncias psicoativas: o encontro de múltiplos saberes e práticas na construção do conhecimento antropológico
Palavras chave: substâncias psicoativas; saberes e práticas; proibicionismo, paradigma médico-legal e conflitos.
Eixo temático: antropologia da saúde e antropologia médica.
Línguas aceitas: português; espanhol; inglês.
Coordenadores: Beatriz Caiuby Labate (CIESAS Occidente, Guadalajara, Mexico); Frederico Policarpo Mendonça Filho (IEAR/UFF), Isabel Santana de Rose (PPGCOM/UFMG).
Resumo da proposta:
Este painel propõe uma reflexão sobre as substâncias psicoativas e os múltiplos saberes e práticas, indígenas e não indígenas, associados a elas, bem como de instrumentos teórico-metodológicos que permitam compreender essa diversidade de práticas e os conflitos acerca de seus controles. A proposta está ligada à consolidação de uma rede de pesquisa, iniciada na ABA/2014 e reeditada na ABANNE/2015 e RAM 2016, visando a discussão acadêmica sobre as substâncias psicoativas. Partimos do princípio de que não há uma ética universal que sirva de referencial externo único e absoluto para dar sentido às experiências de consumo dessas substâncias. Com base na premissa de que tanto a diversidade dos saberes e práticas como os conflitos oriundos das estratégias de controle sobre as mesmas devem ser considerados a partir de sua própria constituição, é possível problematizar a hegemonia do paradigma “médico-legal” e do proibicionismo, explicitando os conflitos gerados por esses discursos. Para tal, o painel comporta:
1) etnografias sobre práticas de consumo de substâncias que recebem as alcunhas de “drogas”, “plantas” e “remédios”.
2) descrições de políticas de drogas que atualizam regimes de controle, como tribunais de justiça, serviços de saúde e comunidades terapêuticas.
3) pesquisas que exploram os múltiplos saberes nativos, indígenas e não indígenas, associados a essas substâncias, e os encontros e tensões entre esses saberes e os conhecimentos tidos como “científicos”.
Psychoactive substances: encounters of multiple knowledge and practices in the construction of Anthropology
Key words: psychoactive substances; knowledge and practices; prohibitionism; legal-medical paradigm and conflicts.
Axes of work: Health and medical Anthropology.
Accepted languages: Portugues, Spanish, English.
Coordinators: Beatriz Caiuby Labate (CIESAS Occidente, Guadalajara, Mexico); Frederico Policarpo Mendonça Filho (IEAR/UFF), Isabel Santana de Rose (PPGCOM/UFMG).
Proposal Abstract:
This panel proposes a reflection on psychoactive substances and the multiple Indigenous and non-Indigenous knowledge and practices associated to them. We also intend to reflect on the methodological and theoretical instruments that enable the comprehension of this diversity of practices and the conflicts related to the control these substances. This proposal is connected to the consolidation of a research network, which began at ABA/2014 and was continued at ABANNE/2015 and RAM/2016, and has the goal of promoting an academic discussion about psychoactive substances. We part from the principle that there is no universal ethic that fits as an unique and absolute external reference in giving meaning to the experiences with these substances. We are also grounded on the premise that both the diversity of knowledge and practices and the conflicts that follow the strategies to control these substances should be considered parting from their own constitution. Thus, it is possible to problematize the hegemony of the “legal-medical” paradigm and of prohibitionism, making explicit the conflicts generated by these discourses. Therefore, this panel includes:
1) Ethnographies about consumer practices surrounding substances labeled as “drugs”, “plants” and “remedies”.
2) Descriptions of drug policies that are connected to control regimes, such as law courts, health services and therapeutic communities.
3) Researches that explore the multiple Indigenous and non-Indigenous native knowledge associated to these substances, and the encounters and tensions between this knowledge and the knowledge held as “scientific”.