Eduardo Farias critica PF por queimar daime junto com droga
http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=19447:pf-incinera-mais-de-uma-tonelada-de-droga-e-daime&catid=75:policia&Itemid=108“Temos que apoiar e elogiar a Polícia Federal, mas tivemos um equívoco por parte dela quando queimou o chá”, afirmou o deputadoO deputado Eduardo Farias (PCdoB) fez pronunciamento ontem elogiando o trabalho da Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas, mas fez uma dura crítica à instituição por ter incinerado certa quantidade de chá do santo daime juntamente com cocaína, maconha e crack.“As drogas são uma mazela de nossa sociedade, num Estado de fronteira que é um dos corredores do tráfico de drogas internacional. Temos que apoiar e elogiar a Polícia Federal, mas tivemos um equívoco por parte dela quando queimou o chá, que para milhares de acreanos e de pessoas de diversas partes do mundo é símbolo de um credo religioso”, afirmou.Para Eduardo Farias, não foi uma atitude respeitosa da PF, que deve vir a público explicar o porquê de ter queimado o chá na mesma cerimônia que as drogas ilícitas, pois o produto não é proibido, a não ser o seu transporte sem uma guia dos órgãos ambientais.“A PF precisa explicar essa atitude, pois o daime é o símbolo de uma religião, e aí pode haver divergências, pois evangélicos não concordam com a postura de católicos e estes não aprovam postura dos evangélicos, e sendo o Brasil um país laico, todos têm direito a adotar a doutrina que bem entender, pois há liberdade de culto”, disse.Farias informou que apresentará requerimento à mesa diretora solicitando esclarecimentos da Superintendência da Polícia Federal no Acre, pois a exposição do daime sendo queimado com as drogas ilegais pode ter prejudicado a imagem da religião, principalmente entre crianças e adolescentes que possuem pais professando a doutrina.MunicípioFarias também aproveitou a sessão de ontem para esclarecer que não é contra a realização de sessões nos 21 municípios do interior, sejam elas solenes, abertas ou ordinárias, mas é contra o uso de sessões festivas, como aniversário de emancipação política, para fazer palanque atacando os anfitriões.