Jornal de Psicofarmacologia publica artigo de equipe espanhola sobre

Riba, Jordi; Romero, Sergio; Grasa, Eva; Mena, Esther; Carrió, Ignasi e Barbanoj, Manel J., in: "Increased frontal and paralimbic activation following ayahuasca, the pan-amazonian inebriant", in: Psychopharmacology (2006) 186: 93–98.

"Ativação frontal e paralímbica após uso do inebriante pan-amazônico ayahuasca"

RESUMO

Justificativa: A ayahuasca é um chá vegetal psicoativo sul-americano que contém N,N-dimetiltriptamina (DMT), um psicodélico serotonérgico, e inibidores da monoamina-oxidase que tornam o DMT ativo oralmente. Investigações anteriores com a ayahuasca ressaltaram um perfil de efeitos psicotrópicos caracterizados pelo aumento da atenção introspectiva, com indivíduos relatando percepções somáticas alteradas e modificações emocionais intensas, frequentemente acompanhadas pela visualização de imagens. Apesar dos avanços recente no estudo da farmacologia da ayahuasca, os correlatos neurais da intoxicação aguda com ayahuasca mantém-se substancialmente desconhecidos. Objetivos: Investigar os efeitos da administração aguda de ayahuasca no fluxo sanguíneo cerebral regional. Métodos: Quinze voluntários do sexo masculino com experiência prévia no uso de psicodélicos receberam uma dose oral única de ayahuasca liofilizada encapsulada equivalente a 1,0 mg de DMT/kg de massa corpórea e um place em um ensaio clínico controlado duplo-cego aleatorizado. O fluxo sanguíneo cerebral regional foi medido através de SPECT (tomografia por emissão de fóton único) depois de 100-110 minutos da administração da droga.

Resultados: A administração de ayahuasca levou à ativação significativa de regiões cerebrais frontais e paralímbicas. O aumento da perfusão sanguínea foi observada bilateralmente na ínsula anterior, com maior intensidade no hemisfério direito, e no córtex anterior do cíngulo e frontomedial do hemisfério direito, áreas previamente implicadas na atenção somática, estados de sentimentos subjetivos, e ativação emocional. Aumentos adicionais foram observados no giro para-hipocampal e amídala direitos, estruturas também envolvidas na ativação emocional. Conclusões: Estes resultados sugerem que a ayahuasca interagem com sistemas neurais que são centrais para a interocepção e o processamento emocional, e apontam para um papel modulatório da neurotransmissão serotonérgica nestes processos (Tradução do inglês por Luis Tófoli).

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