Palestra dos índios Katukina sobre o Kambô em SP - 30/nov
O Núcleo Experimental de Terapias convida para a palestra
"Medicina Indígena: O Uso Medicinal e Milenar do Kambô (vacina da Rã)"
"Palestrantes:
Ni-í Katukina - Cacique e Curador
Rekê - Curador
Txanô - Curador
com a p resença do Pajé Washemê (pela primeira vez em São Paulo)"
"O evento é promovido pela AKAC (Associação Katukina do Campinas no Vale do Juruá - Acre) que tem a alegria e a honra de trazer uma comitiva da Nação Katukina a São Paulo. Os Katukina são conhecidos como zeladores do conhecimento Milenar do Uso do Kambô."
Dia: quarta-feira, 30/11.
Hora: 20:00 hs.
Local: Espaço N.E.T.A. - R.Herculano, 125 - Sumaré (2a travessa à esquerda da R. Apinagés a partir da Av. Heitor Penteado/ próx. Metrô Vila Madalena).
Valor: R$ 5,00. A palestra é aberta. Não é necessário agendar com antecedência.
Informações: (011) 3673 2356 (011) 3872 4289 ou neta.n@terra.com.br
"O que é Kambô
Kambô é uma espécie de rã (Philomedusa bicolor) que vive na Amazônia, cuja secreção contém uma substância que atua como poderoso energizante natural, capaz de combater e eliminar distúrbios de saúde do ser humano, elevando a eficiência do sistema imunológico. O efeito dessa substância, em termos médicos, é uma reação infra-médio simpática, com estimulação do sistema nervoso simpático seguida de estimulação completa do sistema nervoso parassimpático, como se o organismo fosse inteiramente passado a limpo num intervalo de cinco minutos. Médicos que já tomaram e pesquisaram o Kambô afirmam que ele pode ser eficaz no tratamento de doenças graves, como o câncer e a AIDS, bem como de qualquer outro tipo de distúrbio, crônico ou não, pois ele age como um grande reforçador do sistema imunológico."
"Kambô e Medicina Indígena
Esse remédio vem sendo utilizado por nós, os índios Katukina, há milhares de anos, segundo uma visão das doenças muito diferente daquela do homem branco. Para a tradição de nosso povo a doença é um espírito negativo que abate a pessoa. Assim, tomamos o Kambô para afastar esse inimigo e para eliminar as várias manifestações da panema: perda de ânimo, vontade fraca para caçar, para namorar, má sorte, mau-olhado, fraqueza e falta de harmonia com a natureza. Vários desses sintomas são muito conhecidos e amplamente experimentados na sociedade do homem branco, mas geralmente tratados de forma isolada, segundo uma terapêutica que resulta em melhoras apenas parciais."
"Nosso pajé diz: 'Este remédio extraído do rã de nome Kambô é bom porque traz felicidade para quem o toma e também para se caçar. Quando toma o Kambô a caça se aproxima curiosa, pois quem o toma passa a emitir uma luz verde, e é esta luz que faz a caça e as coisas boas se aproximarem de nós. Serve para tirar a panema e também desentope as veias do coração, e faz circular o sangue e as emoções, harmonizando as funções do ser humano como um todo. O uso do Kambô é milenar em nossa tradição: vem da sabedoria dos nossos ancestrais".