Resumo sobre a Ayahuasca no XVII Congresso da Sociedade Paulista de Botânica
No dia 16 de outubro de 2008, ocorrerá a exibição de um painel de pesquisa sobre aspectos microbiológicos da ayahuasca, no XVII Congresso da Sociedade Paulista de Botânica.
Local: Universidade Guarulhos
Pc. Tereza Cristina, nº 1, Centro
Guarulhos / SP
Mais informações sobre o evento aqui.
Para entrar em contato com Denizar Missawa Camurça, um dos autores: denizar@renarg.org
Veja o resumo integral:
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BACTERICIDA DE AMOSTRAS DE AYAHUASCA CONTRA Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Echerichia coli
Darana Camurati da Silva1, Gabriela Piccolo2 & Denizar Missawa Camurça3,4
1 – Graduando em Ciências Biológicas – Universidade Guarulhos - UnG, Guarulhos, SP, Brasil
2 – Bióloga formada pela UnG, Guarulhos , SP, Brasil
3 – Laboratório de Biociências – UnG, Guarulhos, SP, Brasil
4 – Nucleo de Estudos Interdisciplinartes sobre Psicoativos - NEIP, São Paulo,SP, Brasil
A ayahuasca é uma bebida é feita a partir da decocção de plantas amazônicas; geralmente composta pelo cipó da Família Malpighiaceae, Banisteriopsis caapi (Spruce ex Griseb.) C.V. Morton; e um arbusto da Família Rubiaceae, Psychotria viridis Ruíz & Pavón. È utilizada de forma ritualística por povos indígenas da Amazônia e seu uso por povos não indígenas foi regulamentado pelo CONAD em 2004. Na etnomedicina de ambos os grupos, indígenas e não indígenas, a ayahuasca é associada à cura espiritual, na forma de rituais e física, na forma de medicamentos de uso tópico, muitas vezes usados para problemas de pele. Foram utilizadas 2 amostras de ayahuasca: 1-proveniente de Pauiní /AM; 2-proveniente de São Paulo/SP, ambas com mais de 2 anos, nas formas in natura (1N, 2N) e esterelizada (1E, 2E). As cepas provenientes do Instituto Adolfo Lutz de Staphylococcus aureus (ATCC6538), Bacillus subtilis (ATCC6633) e Echerichia coli (ATCC8739) foram cultivadas no laboratório de microbiologia da UnG. Foi utilizado placas de ágar Mueller Hinton previamente inoculados com os microorganismos testados, cuja suspensão foi padronizada de acordo com a escala de Mac Farland 0,5 (1,5 x 108 bact/mL). Depositou-se em cavidades de 0,6 mm feita no ágar, 20uL das amostras na primeira triplicata e 40uL na segunda triplicata de testes. Após incubação de 18 a 24 horas, o halo de inibição é medido. Observamos as seguintes medidas dos halos de inibição em S. aureus para 20uL : 1N-4,62mm; 1E-8,73mm; 2N-4,01mm; 2E-4,66mm. Para 40uL: 1N-2,86mm; 1E-16,15mm; 2N-12, 48mm; 2E-15,93mm. Não houve halo de inibição para E. coli e B. subtilis. As amostras apresentaram atividade bactericida somente frente ao S. aureus. Indicando uma possível ação contra microorganismos externos, pois não apresentou efeito perante a E. coli e B. subtilis. Observou-se que a amostra feita com plantas da região amazônica obteve resultados mais significativos que a preparada com plantas cultivadas em uma região de Mata Atlântica.